quinta-feira, 10 de junho de 2010

NA FORMA NOVO SINGLE DE VPC


À moda VPC
A missão Vencedores por Cristo (VPC) ao longo dos seus 41 anos de existência alcançou uma maturidade musical e desenvolveu uma linguagem teológica pouco encontrada no meio musical chamado gospel. Linguagem que advém da base de sua formação e do compromisso com sua missão. Manter uma missão cristã por tantos anos não é tarefa fácil. Sobretudo, com o propósito de falar diretamente com os jovens de forma clara, respeitosa, com seriedade e mantendo uma postura terna e revolucionária ao mesmo tempo.
Sem essa maturidade musical a missão já seria respeitável pela honestidade, dedicação e fé, mas o trabalho da VPC desde o início teve como objetivo falar do amor de Deus através do testemunho de vida e ensino bíblico, usando a música e as artes. Dessa forma, a maturidade e linguagem alcançada colaboram para que a missão se mostre como um todo coeso por ser ancorada também sobre a sólida qualidade musical.
Sem dúvida, isso traz para a formação atual da VPC uma grande responsabilidade. Mas como estamos falando em coerência a VPC 2009 conta com Flávio Régis (teclados), Alexandre Abreu (voz), Davi Vitalino (som), Emerson Jordão (bateria), Patrícia Camargo (voz), Géssica Gouveia (voz), Davi Heller (guitarras e violões), Alexandre Viriato (contrabaixo) e Jader Gudin (voz); um time de músicos com habilidade técnica incontestável. Davi Vitalino atua na banda VPC desde 1995, Alexandre Abreu e Flávio desde 1998, Emerson e Alexandre Viriato desde 2008, o restante integrou a Vencedores em 2009, mas a grande maioria deles já tocava junto e se conhecia há algum tempo com outros projetos, o que contribui ainda mais para o entrosamento e entendimento entre eles para execução dos trabalhos.
Com a responsabilidade de dar continuidade a um trabalho exemplar somado às experiências individuais e coletivas a VPC escapa da armadilha de se tornar caricaturas dos seus antecessores e imprime no novo trabalho sua marca autoral mantendo, é claro, os olhos levantados às coisas do alto e o compromisso de dialogar com o tempo presente.
"Na fôrma", o novo Compacto (ou single) da VPC, é conceitual. Traz na contracapa um texto de Davi Heller que realiza de forma poética uma análise crítica da efemeridade, falta de rumo, conformismo, engano e falta de reflexão das pessoas na contemporaneidade. A música que abre é a que dá nome ao compacto. "Na fôrma" vem de encontro ao texto da contracapa. Composta por Jader Gudin, Felipe Moraes e Thiago Guimarães inicia com um groove delicioso, instrumentos e vozes bem colocados e com um arranjo sem exageros. Indaga as necessidades adquiridas e o hedonismo niilista, imediatista e ávido por novidades para consumir, o qual desconsidera a força do tempo e ou despreza a verdade da eternidade. A música cresce (ou esquenta) quando constata que esse é "só mais um" que se conforma com o atual sistema. A VPC propõe então uma parada para reflexão quando altera o andamento fervilhante da música e pergunta quem vai competir com tudo isso. Tal aviso serve tanto para os conformados como também para aqueles que se dizem fora dessa soma e que devem assumir a luta por não se conformarem com o presente século.
Em seguida temos duas músicas de Gladir Cabral ("talvez o nosso maior poeta" como disse Jorge Camargo). A escolha certeira das duas músicas e os arranjos de extrema sensibilidade e bom gosto complementa e dá unidade ao compacto. Após "Na fôrma" vem "Casa Grande" que nos lembra que quando estávamos naquela fôrma tínhamos sonhos loucos, esquecíamos da cruz e morríamos aos poucos, mas quando fomos salvos fomos livres, a nossa casa se expandiu e não cabemos mais na fôrma.
Para fechar, o compacto traz "O Vento" com uma poesia linda que usa a metáfora do vento para nos mostrar que agora que não somos mais um nessa soma, estamos sob os cuidados do Pai e não precisamos nos preocupar por não estarmos naquela fôrma porque agora somos nascidos do Eterno Espírito do Pai. Ele nos forma.
Vendido por R$5,00 "Na fôrma" é uma boa amostra do potencial dessa nova formação da VPC. Formação rica pela polifonia assumida, que preserva a dialética entre forma e conteúdo e nos ajuda a crescermos intelectual e espiritualmente. O trabalho segue. Bem-aventurados somos. Glória ao Pai.

André Rocha Rodrigues



Um comentário:

Diogo Pereira disse...

Gostaria de saber como adquirir o CD novo de vcs, tambem gostaria de saber como está agenda de vcs para o dia 25 de setembro, como são as despesas. Minha igreja fica em Nova Iguaçu.